EUA reforçam compromisso nuclear com Coreia do Sul diante de tensões regionais
- Núcleo de Notícias
- 31 de out. de 2024
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Secretário de Defesa Lloyd Austin destaca aliança defensiva com Seul contra ameaças da Coreia do Norte

Com a escalada das tensões na Península Coreana, os Estados Unidos reafirmaram o compromisso com a segurança da Coreia do Sul, incluindo apoio com suas capacidades nucleares. O Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, enfatizou a solidez dessa aliança defensiva durante uma coletiva de imprensa ao lado do ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong-hyun, ocorrida no Pentágono, na quarta-feira (30).
A declaração de Austin, que destacou a prontidão dos EUA para defender a Coreia do Sul com seu arsenal nuclear e outras capacidades avançadas, veio na mesma semana em que a Coreia do Norte realizou mais um teste de míssil balístico intercontinental (ICBM). “O compromisso dos EUA com a defesa da Coreia do Sul é inabalável”, afirmou Austin, pontuando que o apoio inclui um conjunto robusto de medidas militares convencionais e nucleares. Além disso, ele revelou que os dois países intensificarão os exercícios militares conjuntos, ampliando a cooperação estratégica e a prontidão operacional.
Esses exercícios, porém, têm sido alvo de críticas ferozes por parte da Coreia do Norte, que os considera preparativos para uma possível invasão. Em uma resposta drástica, o regime de Kim Jong-un destruiu recentemente estradas e trilhos que ligavam o território norte-coreano ao sul, interrompendo importantes rotas terrestres.
Na quinta-feira, Seul registrou o lançamento de um novo ICBM norte-coreano no Mar do Leste. O líder norte-coreano, Kim Jong-un, reforçou que o fortalecimento nuclear de Pyongyang continuará como “resposta apropriada” às “provocações militares” da aliança entre EUA e Coreia do Sul. Segundo a agência estatal norte-coreana KCNA, Kim qualificou o lançamento como uma reação à aliança “ameaçadora e aventureira” que, segundo ele, coloca a segurança de seu país em risco.
A situação se torna mais delicada com as alegações de que a Coreia do Norte teria enviado milhares de tropas para apoiar a Rússia na guerra na Ucrânia. Embora Moscou não confirme diretamente o envio de soldados norte-coreanos, o presidente russo Vladimir Putin mencionou que a cooperação militar entre Rússia e Coreia do Norte inclui um tratado bilateral. De acordo com Putin, qualquer decisão sobre os detalhes da colaboração é uma questão exclusiva entre os dois países.
Essa intensificação de alianças e manobras militares traz um cenário cada vez mais tenso na península e desafia as relações diplomáticas, sinalizando um comprometimento ainda mais firme de Washington em proteger seus aliados contra as ameaças que se acumulam na região.
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