EUA reafirmam compromisso com a OTAN, mas exigem aumento nos gastos militares
- Núcleo de Notícias
- 3 de abr.
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Secretário de Estado Marco Rubio defende meta de 5% do PIB para defesa

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, garantiu nesta quinta-feira (3) que Washington permanecerá na OTAN, mas cobrou dos aliados um aumento expressivo nos investimentos militares. A declaração foi feita durante a reunião de ministros das Relações Exteriores da aliança em Bruxelas.
O compromisso dos EUA com a OTAN havia sido questionado após o presidente Donald Trump ameaçar retirar o país da organização caso os membros não elevassem seus gastos militares. Trump quer que os países aumentem a meta de investimentos em defesa para 5% do PIB, acima dos atuais 2%.
“A participação dos Estados Unidos na OTAN continua tão ativa quanto sempre foi”, afirmou Rubio, classificando as dúvidas sobre esse compromisso como “histeria”. Segundo ele, Trump não se opõe à aliança militar, mas sim a um bloco “sem capacidade de cumprir suas obrigações” conforme seu tratado fundador.
Atualmente, 23 dos 32 membros da OTAN já atingiram ou superaram o patamar mínimo de 2% do PIB em defesa. Rubio, no entanto, defendeu que todos os países adotem um plano realista para alcançar a nova meta de 5%, reconhecendo que esse processo levará anos.
Países do Leste Europeu, como Estônia e Polônia, apoiam a proposta dos EUA. A Estônia já destina 3,7% de seu PIB à defesa, enquanto a Polônia projeta atingir 4,7%. No entanto, economias centrais como Itália e Alemanha consideram a meta de 5% inviável, citando dificuldades fiscais.
A retórica de Trump sobre a OTAN também levou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a sugerir um plano de rearmamento financiado por empréstimos. No entanto, países do sul da Europa demonstraram resistência à ideia, preocupados com o impacto do endividamento adicional.
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