EUA planejam ajustar estratégia nuclear diante de desafios de Rússia e China
- Núcleo de Notícias
- 24 de nov. de 2024
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Pentágono destaca a modernização dos arsenais nucleares de potências adversárias como principal motivador

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou mudanças estratégicas na política de dissuasão nuclear para enfrentar ameaças emergentes de Rússia e China.
Segundo um relatório divulgado na última quinta-feira (21), ambas as nações estão ampliando e modernizando significativamente seus arsenais nucleares, desafiando a segurança dos EUA, de seus aliados e parceiros.
Richard Johnson, subsecretário adjunto de defesa, destacou que as revisões do Nuclear Posture Review de 2022 podem ser necessárias para garantir a eficácia da dissuasão. No entanto, ele alertou que os atuais esforços de modernização nuclear podem não ser suficientes para lidar com o contexto geopolítico em rápida evolução.
Entre as ações já em andamento para reforçar a dissuasão nuclear dos EUA, Johnson citou:
Desenvolvimento da bomba gravitacional B61-13: Essa nova versão, anunciada em outubro, substituirá modelos mais antigos, oferecendo maior capacidade para enfrentar alvos militares reforçados e de grande escala.
Aprimoramento da prontidão dos submarinos da classe Ohio: Esses submarinos, parte fundamental da tríade nuclear dos EUA, são equipados com mísseis Trident, capazes de atingir distâncias de até 12.000 km.
Apesar do desenvolvimento do B61-13, o Pentágono afirmou que a medida não responde a eventos específicos e não ampliará o arsenal nuclear total.
As declarações coincidem com a recente atualização na doutrina nuclear da Rússia, aprovada pelo presidente Vladimir Putin no dia 19 de novembro. As novas diretrizes estabelecem que um ataque a um aliado da Rússia, envolvendo armas de um estado nuclear, será considerado uma agressão conjunta. Essa decisão ocorre em meio ao uso, pela Ucrânia, de armas de longo alcance fornecidas por países ocidentais, como os sistemas ATACMS e HIMARS dos EUA e os mísseis Storm Shadow do Reino Unido, que têm intensificado os ataques contra o território russo.
A crescente tensão aumentou com a Rússia realizando recentemente um ataque com o míssil hipersônico Oreshnik, uma resposta aos avanços ucranianos respaldados por armamentos estrangeiros. Moscou alertou repetidamente que essas ações poderiam resultar em um confronto direto com a OTAN, intensificando o conflito.
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