Americanos desconfiam que a situação econômica chinesa seja pior do que mostram os números oficiais
Os Estados Unidos decidiram subir o tom e questionar a real situação da economia chinesa que tem demonstrado sinais de forte desaceleração nos últimos meses. A declaração mais forte veio do conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, às vésperas da viagem a Pequim da secretária de Comércio, Gina Raimondo - e após o veto do presidente Joe Biden para investimentos em setores de tecnologia do gigante asiático.
Em pronunciamento nesta semana, Sullivan pediu ao governo de Xi Jinping que “seja mais transparente” e explique melhor ao mundo os problemas do gigante asiático, a exemplo da recente crise imobiliária que já afetou companhias gigantes locais, como a Evergrande.
A reclamação de Jake Sullivan também engloba dados sobre o mercado de trabalho. Na semana passada, o departamento que apura contratações e demissões simplesmente parou de divulgar atualizações.
O ponto mais preocupante nesse caso, segundo os analistas, seria o congelamento das vagas para os jovens, que serve como um termômetro para medir a real recuperação econômica do país.
Jake Sullivan pontuou que medidas mais responsáveis serviriam para garantir confiança internacional, mais previsibilidade e tempo para que os demais países tomem decisões sólidas para corrigir as rotas de suas economias. “É mais do que importante que a China mantenha um nível de transparência na publicação de seus dados”, destacou.
Nos últimos meses, o governo norte-americano detectou uma espécie de censura aplicada à exposição de dados básicos, além de medidas tomadas pela China para repreender empresas que apresentam informações sobre opções de compra e venda de suas ações. Além da falta de transparência, os Estados Unidos reagiram à medida tomada pelo governo comunista de ampliar o poder do Brics para competir com as potências do G7.
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