Após retomada das relações, EUA podem cortar laços econômicos com avanço da repressão a opositores de Maduro
Maria Corina Machado - Agência Brasil/EBC
O Departamento de Estado Norte-Americano anunciou que irá rever o acordo que reduziu as sanções econômicas aplicadas ao regime de Nicolás Maduro em outubro de 2023. A medida permitiu que a Venezuela voltasse a vender petróleo para os EUA, em meio às incertezas geradas pelo conflito entre Israel e os terroristas do Hamas.
O motivo da reação do governo Biden foi a cassação da candidatura de Maria Corina Machado - favorita a vencer as eleições presidenciais deste ano. Outro expoente da oposição venezuelana, o ex-deputado Henrique Capriles, também está impedido de disputar o pleito, previsto para acontecer em 13 de outubro deste ano.
“Os Estados Unidos começaram a rever a política de sanções à Venezuela, tendo como base o ataque promovido a candidatos da oposição democrática e à sociedade civil”, anunciou o porta-voz da pasta, Matthew Miller.
EUA reagem ao avanço autoritário de Maduro
O “ataque” mencionado pelo Departamento de Estado dos EUA se refere à recusa do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela de anular a cassação da candidatura da vencedora das primárias, Maria Corina Machado.
Em 2023, a Controladoria-Geral condenou a principal rival de Nicolás Maduro a 15 anos de inelegibilidade por ela - de acordo com o órgão - ter apoiado em 2019 uma “trama de corrupção” encabeçada pelo presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
Guaidó, vale destacar, foi considerado presidente legítimo do país por EUA, União Europeia e Brasil.
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