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Estrategista-Chefe do Rumo Econômico explica a recente derrocada do real

Para Carlos Dias, os juros altos nos EUA e as derrotas de Haddad esclarecem a forte queda do real


Dólar x Real: moeda brasileira não deve se recuperar tão cedo

Desde o início de 2024 - e da perda de controle sobre as contas públicas - o governo Lula já testemunhou perda superior a 10% do valor do real frente ao dólar. A derrocada da moeda brasileira ocorre por dois fatores cruciais: os juros mais altos nos EUA, que afastam os investimentos do nosso país, e a incerteza quanto ao cumprimento da meta fiscal, marcada pelo descontrole nos gastos públicos. Além disso, a desvantagem no duelo entre as moedas já deve começar a aparecer no cálculo da inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).


Uma análise ainda mais profunda é apresentada aqui pelo estrategista-chefe do Grupo Rumo Econômico. Segundo Carlos Dias, a aposta na desvalorização do real tem crescido entre os investidores estrangeiros, que não sentem confiança nas diretrizes aplicadas pela terceira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília. 


“Os investidores estrangeiros têm demonstrado um crescente interesse em aumentar suas posições compradas em dólar, indicando uma aposta na desvalorização do real”, destaca Dias.


“Esse movimento tem sido impulsionado por diversos fatores, tanto externos quanto internos, que influenciam diretamente a percepção de risco e a atratividade dos investimentos no Brasil. Após bater a máxima histórica, em torno de US$ 70 bilhões, essa posição já somava US$ 75,6 bilhões no final da semana passada”, completa o estrategista-chefe do Rumo Econômico.



O estrategista-chefe do Rumo Econômico também reconhece, além dos problemas da administração petista, que os juros mais altos nos Estados Unidos têm gerado forte impacto no câmbio brasileiro.


“Um dos principais motivos que justificam o aumento das posições compradas em dólar é a perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos”, aponta.  


“Com os juros americanos atualmente em 5,5%, enquanto os juros brasileiros estão em 10,5%, o spread de 5 pontos percentuais não é tão atrativo para os investidores estrangeiros, diminuindo o interesse pelos títulos brasileiros. Além disso, os rendimentos pagos pelos títulos do Tesouro Americano vinham em alta, com dados macroeconômicos reforçando a visão de que o Federal Reserve terá de ser mais rígido na condução de sua política monetária”, compara.


Derrotas de Haddad dão sinais de fraqueza


Fernando Haddad: derrotas em série


O estrategista-chefe do Rumo Econômico ainda pontua uma série de acontecimentos recentes no cenário interno como fatores preponderantes para a escalada do dólar e derrocada do real. Entre elas, a coleção de derrotas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Congresso.


“A preocupação com a situação fiscal do Brasil vem aumentando, principalmente devido às derrotas políticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad”, explica Carlos Dias. 


“O Governo Federal enfrenta dificuldades para compor sua receita e entregar as metas fiscais estipuladas anteriormente, tendo inclusive alterado a promessa de um superávit no próximo ano. O IPCA de maio veio mais forte do que o esperado, e o último Boletim Focus indicou que o mercado está aumentando sua projeção de inflação para 2024. Essa expectativa de inflação mais alta, diminui o "juro real" dos papéis brasileiros, tornando-os menos atrativos para os investidores.


Além disso, a própria desvalorização da moeda brasileira reduz o espaço para o Comitê de Política Monetária cortar os juros nas próximas reuniões, conforme apontado pelo Rumo Econômico”, conclui.


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