Estatal em colapso: Correios amargam prejuízo bilionário
- Núcleo de Notícias
- 4 de abr.
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Queda na arrecadação com remessas da China e perda de mercado para empresas privadas comprometem futuro da empresa pública

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos encerrou o ano de 2024 com um prejuízo estimado de R$ 2,16 bilhões, segundo estudo interno revelado na quarta-feira (2). O rombo bilionário decorre, em grande parte, da “taxa das blusinhas”, como ficou conhecida a nova regulamentação aprovada pelo Congresso e implementada pelo Ministério da Fazenda, que passou a tributar compras internacionais de até US$ 50 realizadas por meio de plataformas estrangeiras.
A medida afetou diretamente o principal nicho de arrecadação da estatal: o transporte de mercadorias importadas da China. A previsão original era de arrecadar R$ 5,9 bilhões com esse serviço em 2024. No entanto, a arrecadação efetiva foi de apenas R$ 3,7 bilhões — uma queda de R$ 2,2 bilhões, ou 37% a menos que o esperado. Mesmo uma revisão posterior, já considerando o impacto da nova legislação, estimava R$ 4,9 bilhões em receita, valor que também não se concretizou.
Fontes internas indicam que os Correios articulam a revisão do decreto que instituiu a tributação simplificada de remessas internacionais, com o objetivo de recuperar parte da fatia de mercado perdida para empresas privadas.
O Ministério da Gestão e Inovação apontou os Correios como um dos principais responsáveis pelo aumento do déficit das estatais em 2024.
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