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Envelhecimento da população deve frear crescimento do PIB, aponta estudo

O Brasil com a maioria da população acima dos 65 anos, deve exigir mais reformas para não estagnar economia


Agência Brasil/EBC


Em outubro de 2019, o Brasil quebrou um antigo tabu. Após 100 anos, o regime previdenciário foi alterado, reposicionando a idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens, e de 62 anos para as mulheres.


A mudança promovida pela equipe econômica do então presidente Jair Bolsonaro enfrentou barreiras na extrema-esquerda, mas ao menos atingiu o objetivo de adiar o colapso do sistema. Isso porque, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), a população com menos de 30 anos - a maior responsável por gerar recursos para os cofres do INSS - despencou 5,4% entre 2012 e 2021.


Desde então, a situação se agravou. De acordo com a apuração realizada pelo Censo Demográfico de 2022, hoje o país conta com cerca de 22 milhões de habitantes com 65 anos ou mais - alta de 57% sobre 2010 . O crescimento da população com idade para se aposentar foi rápido. Em 2010, essa parcela representava 7,4% do povo brasileiro. Hoje, a cifra saltou para 10,9%.


Ao mesmo tempo, o total de habitantes cresceu em ritmo mais lento. De acordo com o mesmo levantamento, a população em 2022 era de 203 milhões - alta de apenas 6,5% em relação ao Censo 2010. Com o aumento de brasileiros com idade para receber recursos do INSS e baixo crescimento da população jovem, a economia brasileira pode estar perto de uma encruzilhada.


População mais idosa pede nova reforma da Previdência


De acordo com analistas do Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (CEEF), o Brasil não usufrui do chamado “bônus demográfico” desde 2014. Até aquele ano, a economia ainda gerava mais postos de trabalho em comparação ao crescimento populacional. Com o agravante de ter menos jovens na ativa e mais aposentados, os riscos para o desenvolvimento da economia também aumentam.


Por conta disso, a Fiocruz aponta para a necessidade de novas reformas estruturais para compensar a perda de trabalhadores ativos. Para os especialistas do CEEF, uma segunda reforma na Previdência Social “não poderá ser descartada”.














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