Amasp e Febrapp lamentam regras que devem afetar liberdade dos motoristas
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Nesta segunda-feira (4), o governo Lula enviou ao Congresso o projeto de lei que visa regulamentar o serviço executado por motoristas de aplicativo. A votação da matéria pode acontecer em regime de urgência, caso a Câmara dê seu aval.
Enquanto isso, duas das principais entidades que defendem os interesses da categoria demonstraram desagrado com o PL, que pode encarecer as viagens pelos já populares Uber e 99.
Segundo a Federação Brasileira de Motoristas de Aplicativos (Fembrapp), a proposta do governo federal prevê que os motoristas sejam pagos por hora e não mais por quilômetro rodado,
“O pagamento por hora não leva em conta as variações de demanda”, aponta a nota oficial da entidade.
“Não existe ganho real em pagamentos por hora em corridas, os ganhos precisam levar em conta o quilômetro rodado e tempo, trânsito, distância e tempo de espera. Além disso, os motoristas deverão recolher o INSS pagando uma alíquota de 27,50%”, alertou.
"Somos a favor do direito de escolha dos motoristas", afirma Amasp
A Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp) afirma que as corridas não serão suficientes para “pagar as contas”.
“O formato que Uber e governo acordaram não paga as nossas contas. Temos experiências em outros países. A partir do momento que se fixa um preço mínimo por hora, as empresas vão trabalhar para você ganhar aquilo por hora”, analisa o presidente da Amasp, Eduardo Lima de Souza.
“Nós somos adeptos à livre escolha do motoristas. Se ele quiser contribuir nesse formato, ok. Se ele quiser contribuir no formato MEI, ok também. Nós somos a favor disso, do direito de escolha", reiterou.
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