top of page
Foto do escritorCarlos Dias

Enfrentando a Crise Fiscal e Monetária no Brasil: Um Plano de Reformas Estruturais


A crise fiscal e monetária brasileira em uma análise aprofundada dos desafios econômicos enfrentados pelo país há mais de quatro décadas, aponta a natureza da crise fiscal, caracterizada por constantes déficits públicos persistentes e crescentes, e a sua relação intrínseca com a crise monetária, marcada pela perda de controle sobre a oferta de moeda e pela aceleração da inflação.


Um dos pontos centrais que destaco neste texto é o papel da dívida pública na alimentação da inflação e na desestabilização da economia. O crescimento descontrolado da dívida, impulsionado pelos déficits fiscais recorrentes, gera pressões inflacionárias e compromete a capacidade do governo de conduzir uma política econômica eficiente. Essa situação é agravada pela falta de disciplina fiscal e pela ausência de mecanismos eficazes de controle dos gastos públicos.


Diante desse cenário, enfatizo constantemente em exposições em seminários internos para assinantes e membros do Rumo Econômico, a necessidade de reformas estruturais abrangentes para enfrentar a crise. Entre as medidas apresentadas, destacam-se os ajustes fiscais, que visam reduzir os déficits públicos e estabilizar a dívida em relação ao PIB. Isso implica em uma revisão criteriosa dos gastos governamentais, com foco na eficiência e na priorização de investimentos estratégicos.


Além disso, devo ressaltar a singular importância de reformas tributárias que promovam a simplificação e a racionalização do sistema de arrecadação. A modernização da estrutura tributária, com a eliminação de distorções, como por exemplo, subsídios, e a ampliação da base de contribuintes, para aumentar a eficiência econômica e garantir a sustentabilidade fiscal a longo prazo.


No âmbito monetário, a adoção de medidas para controlar a inflação e restabelecer a credibilidade da moeda são tarefas irrenunciáveis. Nesse sentido, a relevância de uma política monetária disciplinada, pautada por metas de inflação claras e críveis. A autonomia do Banco Central é como um elemento central e essencial para assegurar a estabilidade de preços e a condução eficiente da política monetária, livre de interferências políticas de curto prazo.


Outra necessidade premente do país é a elaboração de reformas institucionais que fortaleçam a governança e a transparência das contas públicas. A adoção de mecanismos de controle e fiscalização mais rigorosos, aliada a uma maior responsabilização dos gestores públicos, é crucial para combater a corrupção e promover a eficiência na alocação dos recursos.


A atual crise fiscal e monetária, em que pese as altas dificuldades impostas à população mais vulnerável (inflação, desemprego, estagnação), oferece uma oportunidade, a partir de um diagnóstico correto e preciso, gerar instrumentos de defesa da economia, propondo um conjunto de reformas estruturais para superá-los.


A importância de uma gestão fiscal responsável, de uma política monetária disciplinada e de um ambiente institucional sólido para promover a estabilidade econômica e o crescimento sustentável são aspectos hoje consensuais e não podem ser negados à ampla maioria da população, pois impactam significativamente o desempenho socioeconômico do país.


--

Leia todas as nossas matérias integralmente.

Assine o Rumo Econômico no link abaixo:


Comments


bottom of page