Em sinal de intervenção, Lula exige que bancos estatais turbinem empréstimos
- Núcleo de Notícias
- 11 de mar. de 2024
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Orientação foi dada durante balanço dos bancos estatais Caixa, Banco do Brasil e BNDES

Agência Brasil/EBC
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta sexta-feira (8) com os dirigentes dos principais bancos estatais do país. A reunião, que deveria ser marcada pela divulgação dos balanços de 2023 de Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) acabou marcada pela interferência direta do chefe do executivo nos planos das entidades.
No dia em que a Petrobras perdeu mais de R$ 70 bilhões em valor de mercado, Lula aconselhou os presidentes das instituições a “aumentar a oferta de crédito para ampliar o acesso a programas sociais”. Não há informações sobre estudos técnicos que habilitem a medida.
“O presidente trouxe a necessidade de mantermos o banco forte, com resultado interessante, cuidando do país e cuidando do crédito”, declarou Taciana Medeiros, que preside o Banco do Brasil.
“Ele sempre procura saber como está o crédito para agricultura familiar, para o agro, para Minha Casa, Minha Vida, como estão andando das liberações dos bancos públicos”, justificou a dirigente.
Balanço dos bancos públicos em 2023
Segundo o governo federal, as operações de crédito promovidas pelos bancos estatais em 2023 ficaram em R$ 56 bilhões, sendo R$ 22 bi (BNDES), R$ 15 bi (Caixa) e Banco do Brasil (R$ 19 bi).
“A orientação é essa. Prefeito não é bandido, governador não é bandido. Se ele tiver as contas em dia, ele tem direito, sim, de ir ao banco e pedir um financiamento, e o banco financiar. No Nordeste, o BNB não financiava mais prefeitos, nem Estado. Ou seja, não sei então para que serve um banco se, quando o Estado, que está em condição de pagar, pede um dinheiro, ele não dá. Para que serve?”, afirmou Lula.
Participaram da reunião com Lula os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e os presidentes dos bancos estatais Aloizio Mercadante (BNDES), Carlos Vieira (Caixa Econômica Federal) e Tarciana Medeiros (Banco do Brasil). Também estiveram no encontro Luiz Claudio Moreira Lessa (Banco da Amazônia) e Paulo Câmara (Banco do Nordeste).
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