Organização quer conter o excedente global de petróleo, além de competir diretamente com os Estados Unidos pelo mercado
Em um cenário pessimista para o fim dos conflitos no Oriente Médio e na Europa, os 22 integrantes da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) decidiram prolongar os cortes na produção de petróleo pelo menos até o final de 2025.
A principal intenção do cartel é manter os preços da commodity em um nível aceitável em meio às turbulências na geopolítica, além de observar com atenção a situação do mercado nos Estados Unidos. Segundo a Opep, as restrições visam evitar um excedente global no número de barris, caso os EUA - que não são integrantes do bloco - aumentem a produção interna e obtenham vantagem na oferta de petróleo mais barato.
Em comunicado oficial enviado à imprensa internacional, a Opep+ informou que a redução de 3,6 milhões de barris diários permanecerá ativa até novembro de 2024, até esses cortes serem eliminados de forma progressiva em setembro de 2025. A medida afeta diretamente Arábia Saudita, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia, Omã e Rússia.
De acordo com a entidade, ainda não está descartado um corte ainda maior na produção até o período determinado. Isso porque os Emirados Árabes sugeriram subtrair mais 300 mil barris diários para reforçar a contenção vigente.
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