Segundo a Petrobras, perdas foram geradas pela desvalorização do Brent no mercado internacional
Petrobras
Em maio deste ano, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, anunciou uma medida com todos os aspectos de “emancipação”. Após flertar com mudanças radicais no início do governo Lula, a estatal confirmou o abandono da política de Paridade de Preço Internacional (PPI) para comercializar seus combustíveis.
A novidade foi vendida para o cidadão como uma forma “competitiva”, ainda que sem detalhar como seria a fórmula que tomava como base a cotação internacional do petróleo. A política recém abandonada, vale a lembrança, havia sido aprovada em 2017 pelo governo de Michel Temer, para tentar tapar parte do rombo deixado pela corrupção na petrolífera.
Quase seis meses mais tarde, resultados considerados inexpressivos ameaçam a rentabilidade da estatal, que já tem sido abalada com medidas como a mudança de seu próprio estatuto, abrindo espaço para a indicação de políticos a cargos estratégicos.
Segundo balanço inicial, a receita líquida da empresa deve ficar em R$ 130,5 bilhões no trimestre entre julho e setembro. Se confirmada, a cifra terá significativa queda de 23,2% em comparação ao mesmo período de 2022, quando acumulou cerca de R$ 170 bilhões.
Receitas x Brent
De acordo com a Petrobras, o principal fator para a sensível queda de receitas no período teria sido a baixa acumulada de 10,7% dos preços do barril tipo Brent no mercado internacional. Com o recuo da commodity, automaticamente os lucros da estatal passaram a acompanhar a tendência.
Lembrando que o diretor de logística, comercialização e mercados da Petrobras, Claudio Schlosser prometia que a nova política de preços iria tornar a venda de combustíveis “mais competitiva”, tomando como base cada região brasileira.
“Nosso modelo vai considerar a participação da Petrobras e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável”, garantiu o dirigente em maio.
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