Empresário critica partido por usar "combate ao discurso de ódio" como justificativa para censurar cidadãos
O empresário Elon Musk fez duras críticas ao Partido Democrata dos Estados Unidos, acusando-o de tentar restringir a liberdade de expressão no país sob o pretexto de "combater o discurso de ódio e desinformação"
. A declaração de Musk ocorreu após o debate entre o candidato democrata à vice-presidência, Tim Walz, e o senador republicano J.D. Vance, companheiro de chapa de Donald Trump, que discutiram questões relacionadas à censura e à liberdade de expressão.
Durante o debate, Walz, atual governador de Minnesota, afirmou que não considera o discurso de ódio, linguagem ameaçadora ou desinformação como protegidos pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante o direito à liberdade de expressão. "Você não pode gritar 'fogo' em um teatro lotado, esse é o teste da Suprema Corte", disse Walz, fazendo referência a uma famosa citação do juiz Oliver Wendell Holmes, de 1919.
Em resposta, Musk, que se autodeclara um defensor absoluto da liberdade de expressão, usou a rede social X para alertar que “o Partido Democrata quer, abertamente, tirar sua liberdade de expressão sob o disfarce do que ELES consideram ‘discurso de ódio’”.
No debate, Vance afirmou que a censura promovida por grandes empresas de tecnologia, com o apoio da vice-presidente Kamala Harris e do presidente Joe Biden, representava uma ameaça maior à democracia do que os eventos dos últimos quatro anos, incluindo o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Segundo ele, o Partido Democrata tem utilizado esses eventos para reforçar a narrativa de que Trump e seus apoiadores são uma ameaça à democracia.
"O verdadeiro perigo para a democracia são as grandes empresas de tecnologia silenciando cidadãos americanos, enquanto Kamala Harris prefere censurar aqueles que, na opinião dela, propagam desinformação, em vez de debater e persuadir", argumentou Vance.
O senador republicano também acusou o governo Biden-Harris de tentar banir americanos de plataformas como o Facebook por criticar as políticas de uso de máscaras para crianças durante a pandemia de Covid-19. "Isso não é o mesmo que gritar 'fogo' em um teatro lotado. Isso é criticar as políticas do governo, algo que é direito de todo americano", defendeu Vance.
Em agosto deste ano, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, admitiu que o governo Biden pressionou o Facebook para "censurar" conteúdos relacionados à Covid-19, além de ordenar que a plataforma suprimisse uma matéria do New York Post sobre o laptop de Hunter Biden, filho do presidente, nas vésperas das eleições de 2020.
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