Medida autoritária de Nicolás Maduro segue decisão de fechar fronteiras e ameaçar opositores
Dando sequência à já batida estratégia de “defender a democracia” antes de qualquer eleição, o governo do ditador Nicolás Maduro deu mais um passo para garantir seu terceiro mandato sem ser incomodado por críticos. Após mandar fechar as fronteiras até segunda-feira (29) e ameaçar o povo com “um banho de sangue” em caso de vitória da oposição nas eleições presidenciais de domingo, o passo mais radical do regime socialista foi o de censurar a mídia - um antigo sonho, aliás, de outros players como o STF brasileiro e partidos de esquerda.
A partir das 13 horas de terça-feira (23), Maduro deu ordens para bloquear a atividade de diversos sites de notícias que postam críticas ou informações contrárias à ditadura boliviana.
Os alvos do herdeiro de Hugo Chávez foram: Tal Cual, El Estímulo, Runrunes, Analítico,
Média Análisis e VE Sin Filtro, que atua como braço da ONG Conexión Segura y Libre.
Oposição avança sobre Maduro
A medida arbitrária não passou despercebida do “favorito” a vencer Maduro nas urnas, o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia. Pela rede X, o aliado de Maria Corina Machado - que disputaria a presidência, caso não tivesse sido excluída da corrida eleitoral pelo regime - González criticou a investida socialista, mas sem deixar de expressar confiança em seu triunfo nas urnas.
“Seguir censurando meios é uma medida de quem se sabe perdido e que busca restringir o acesso à informação diante do 28 de julho, mas os venezuelanos, a esta altura, já têm claro seu voto”, escreveu o opositor.
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