Partido de Marine Le Pen ficou com 33% dos votos, abrindo o caminho para a direita no país
Quase um mês após Emmanuel Macron dissolver o parlamento, a estratégia do presidente francês de antecipar as eleições legislativas do país provou ser insuficiente para manter o domínio do partido Renascença. O resultado do primeiro turno, por sua vez, confirmou as expectativas da maioria dos analistas, que já previam o triunfo da direita.
Até as 11h da manhã (Horário de Paris), o Reunião Nacional de Marine Le Pen, tinha cerca de 33% dos votos válidos, enquanto a Nova Aliança Popular (esquerda) aparecia em segundo com 28%, seguida pela legenda de Macron (centro-esquerda), com 20%. Já o Partido Republicano (centro-direita) estava na quarta posição, com pouco mais de 10% dos votos.
O segundo turno das eleições para definir a composição final da Assembleia Nacional Francesa está marcado para o próximo domingo (7). Caso a direita consiga maioria no parlamento (289 cadeiras), Emmanuel Macron poderá ser obrigado a governar a França ao lado de um premiê da oposição até 2027, quando termina seu mandato.
Após a divulgação dos números, o primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, sugeriu que os candidatos de seu partido desistissem de disputar o segundo turno para evitar que a “extrema-direita” domine o parlamento.
“Nosso objetivo é claro: impedir que o Reunião Nacional tenha maioria absoluta no segundo turno, domine a Assembleia Nacional e governe o país com seu projeto desastroso”, declarou Attal.
“Extrema-direita” x vandalismo
Enquanto o triunfo do partido de Le Pen era classificado como uma vitória da “extrema-direita” ou “ultra-direita”, as ruas de Paris eram invadidas por vândalos, que decidiram demonstrar seu descontentamento com o resultado das urnas com a destruição do patrimônio público e privado.
Chamados de “manifestantes” por canais como CNN e Globo, os opositores à conquista de Le Pen dispararam foguetes e bombas de gás lacrimogêneo, além de incendiar latas de lixo espalhadas pela capital francesa.
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