Eleições 2026 e Crise Fiscal
- Carlos Dias
- 19 de jan.
- 2 min de leitura

A análise econômica é um componente relevante para entender o cenário político-eleitoral de qualquer país, especialmente em momentos de transição ou incerteza. Ao olharmos para o Brasil, a discussão sobre ajustes na política fiscal ganha destaque, principalmente à luz das eleições presidenciais de 2026. O cenário atual nos coloca diante de um dilema: enfrentamos um obstáculo iminente ou aproveitamos um momento decisivo para realizar mudanças.
A questão fiscal, historicamente, tem sido um ponto sensível na economia brasileira. A experiência do governo Dilma Rousseff (PT) serve como um lembrete dos desafios de uma política de gastos insustentáveis. O estilo empregado naquele triste período, onde os gastos superavam a arrecadação, trouxe consequências severas, refletindo-se em inflação, desvalorização da moeda e perda de credibilidade internacional. Assim, a necessidade de ajuste fiscal não é apenas uma escolha econômica, mas uma decisão política estratégica.
Em 2026, este tema se tornará inevitavelmente central. O mercado financeiro, com seu dinamismo e visão de longo prazo, tende a reagir às expectativas sobre a saúde fiscal do país. Mesmo que o governo atual opte por não realizar ajustes, a pressão do mercado tornará essa questão inevitável. As contas públicas estarão no centro do debate eleitoral, influenciando decisões de investidores e moldando a percepção dos eleitores sobre a gestão econômica.
Portanto, a responsabilidade política vai além de meros cálculos econômicos; trata-se de construir confiança e estabilidade. A credibilidade fiscal é um ativo valioso, que pode determinar o sucesso ou fracasso de um governo. Em um cenário onde a economia global enfrenta desafios e incertezas, o Brasil precisa demonstrar compromisso com a responsabilidade fiscal para atrair investimentos e fomentar o crescimento sustentável.
A oportunidade que 2026 apresenta vai além das eleições; é uma chance quase que única para reavaliar o caminho econômico do país. No entanto, o governo atual parece determinado a ignorar essa oportunidade, optando por não fazer ajustes em suas contas. Em vez de demonstrar liderança prudente e visão estratégica, a gestão continua a pressionar por uma ampliação da arrecadação através do que muitos consideram uma "extorsão fiscal".
A importância político-eleitoral do ajuste fiscal é inegável, por não apenas afetar o desempenho econômico, mas também moldar o cenário político, influenciando a confiança dos eleitores e dos mercados. A escolha entre ignorar os sinais de alerta ou abraçar uma reforma fiscal responsável é essencial, caso contrário o governo enfrentará as duras consequências por ter levado o país à colisão evitável.
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