Debates do Plano Nacional de Educação começam em janeiro, com participação do MST
MST
Em janeiro, enquanto os poderes legislativo e judiciário estão em recesso, o governo Lula estará bem atento para dar sequência ao seu projeto ideológico no encontro que definirá o Plano Nacional de Educação 2024-2034.
Entre os convidados para dar contribuições para o programa - que afeta todas as fases do ensino - estarão dois nomes que participaram ativamente da gestão petista: a Central Ùnica dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Este último, responsável por mais de 60 invasões em propriedades privadas no decorrer de 2023.
Os principais alvos dos integrantes que definirão as diretrizes da educação nacional estão o homeschooling (educação domiciliar), as escolas cívico-militares (que ainda sobrevivem em caráter estadual) e o agronegócio. Este ano, vale lembra, o agro foi vítima de ataques proferidos pelo próprio presidente da República, que classificou os grandes produtores como “direitistas e fascistas”.
"Educação" tem sido usada para criminizalizar o Agro
Segundo a campanha movida por entidades de esquerda em coalisão com o Poder Executivo, uma das ações primordiais é inviabilizar programas educacionais de sucesso, como o Agrinho - uma criação da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) que coleciona bons resultados desde 1996. O programa, destinado à educação dos menores, aplica concursos de redação com temáticas que buscam conscientizar os pequenos sobre saúde, cidadania e meio ambiente em harmonia com a produção da agricultura.
Outro alvo dos movimentos ideológicos é o bem-sucedido “De Olho no Material Escolar”. O programa é conduzido por uma associação que trabalha para ampliar “o conhecimento de jovens e crianças sobre o agro brasileiro”, a partir da "atualização do material escolar como também cria pontes entre o campo e o setor educacional".
O reforço nas intenções de criminalizar o agro, aliás, também já veio à tona na prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano. Questões incluídas na prova de interpretação de texto classificaram a agropecuária como “negacionista”, causadora de “chuva de veneno” (se referindo aos defensivos agrícolas) e filosofou sobre as perdas do brasileiro submetido “à lógica do agronegócios”.
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