Dívida dos EUA ultrapassa US$ 36 trilhões e aumenta preocupações econômicas

Crescimento acelerado da dívida federal gera alertas sobre instabilidade fiscal e impactos globais

Pela primeira vez na história, a dívida pública dos Estados Unidos superou a marca de US$ 36 trilhões, segundo o site US Debt Clock, que monitora as finanças federais em tempo real. Esse marco reflete um aumento inédito de US$ 2 trilhões em menos de um ano, sendo US$ 1 trilhão acumulado apenas nos últimos quatro meses desde julho, quando a dívida ultrapassou US$ 35 trilhões.

O ritmo de crescimento da dívida é alarmante: de US$ 34 trilhões em janeiro para US$ 36 trilhões em novembro. Projeções indicam um cenário preocupante. O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) prevê que a dívida ultrapassará 106% do PIB em 2027, atingindo 122% em 2034. O Fundo Monetário Internacional (FMI) apresenta uma estimativa ainda mais sombria, indicando que a dívida pública dos EUA poderá exceder 140% do PIB até 2032, caso não haja mudanças nas políticas atuais.

O FMI também alertou sobre as implicações globais dessa tendência fiscal, destacando em seu relatório de julho que “os altos déficits fiscais e o aumento contínuo da dívida pública em relação ao PIB dos EUA representam riscos não apenas para o país, mas também para a economia global”. A instituição enfatizou a "necessidade urgente de um ajuste fiscal antecipado" para conter os danos potenciais.

Empresários influentes, como Elon Musk, também se pronunciaram sobre a questão. Musk advertiu que os juros da dívida estão rapidamente consumindo grande parte das receitas fiscais, deixando poucos recursos para áreas essenciais. "Se essa tendência continuar, poderemos chegar a um ponto onde a única despesa do governo será o pagamento dos juros da dívida", alertou Musk.

Diante desse cenário, cresce a pressão por reformas significativas para evitar que a trajetória insustentável da dívida comprometa a estabilidade econômica dos Estados Unidos e do mundo.