Didier Browski avalia que motor de crescimento da China mostra alterações no ritmo para os próximos anos
Crédito da imagem: Reprodução
O chefe de pesquisa de macropolítica do Amundi Investment Institute, Didier Borowski, declarou na última semana, em entrevista, que a China não será mais o motor de crescimento que costumamos observar nas duas últimas décadas, e que o investimento em mercados emergentes deve ser avaliado caso a caso.
Para Borowski assim como o caso da China, cada país em desenvolvimento requer dos investidores conhecimento sobre seu potencial de crescimento, o que está diretamente ligado ao perfil demográfico, como também à necessidade de infraestrutura em cada um deles; entre outros fatores.
Segundo o executivo, o estímulo fiscal de 0,8% do PIB recentemente anunciado por Pequim, deve redundar em um crescimento em torno de 5% no quarto trimestre de 2023, que será mantido até o primeiro semestre de 2024. Borowski observou que a crise imobiliária da China persiste e deverá continuar como um desafio presente ao longo do próximo ano, quadro que tem atravancado o crescimento do país, que está cotado até o momento em 3%, apontando para uma transição.
Entretanto, em sua avaliação geral, a economia chinesa mostrará um equilíbrio que se deve à uma maior dependência do consumo interno, mesmo que a governança continue sendo um tema em suspenso no país.
Outro aspecto levantado pelo chefe de pesquisa foi o perfil econômico de outros países emergentes como a Indonésia e a Índia, que apresentam perfis de crescimento sustentável, ao contrário da China. Em sua perspectiva sobre a Índia, Borowski declarou que embora ela e outros países emergentes tenham déficit quanto à infraestrutura o potencial de crescimento é real e presente, e o mesmo discurso especialmente sobre a Índia é mantido há 20 anos. Para ele, a tendência é que agora o desenvolvimento está em ritmo acelerado.
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