Donald Trump retira os EUA da Organização Mundial da Saúde

Presidente assina ordem executiva formalizando saída do país da OMS

O recém-empossado presidente Donald Trump deu início a uma série de ações executivas que marcam seu retorno ao cargo, incluindo a formalização da retirada dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão, assinada na segunda-feira (20), reverte a política adotada por seu antecessor Joe Biden, que havia cancelado o processo de saída iniciado em 2020 durante o primeiro mandato de Trump.

Retirada oficial e suspensão de fundos

A ordem executiva de Trump revoga a carta presidencial enviada à ONU em 2021, que anulava a notificação original de saída. Além disso, instrui o Secretário de Estado, Marco Rubio, recém-confirmado pelo Senado, a comunicar oficialmente a decisão à ONU e à liderança da OMS.

Trump também determinou a suspensão imediata de transferências financeiras do governo dos EUA à OMS e a retirada de funcionários americanos alocados na agência. Ele ordenou a busca de parceiros alternativos, nacionais e internacionais, para assumir as funções anteriormente desempenhadas pela OMS.

"Nós pagamos 500 milhões de dólares para a OMS enquanto eu estava aqui e eu encerrei isto. (...) nós temos aproximadamente 325 milhões de pessoas, a China, 1.4 bilhão. Eles estavam pagando 39 milhões de dólares, nós estávamos pagando 500 milhões. Me parecia um pouco injusto." - Disse Trump, ao assinar o decreto.

Reação da OMS

A Organização Mundial da Saúde lamentou a decisão dos EUA, afirmando em comunicado que espera reverter o movimento: "A Organização Mundial da Saúde lamenta o anúncio de que os Estados Unidos pretendem se retirar da organização. Esperamos que os EUA reconsiderem e aguardamos um diálogo construtivo para manter a parceria, em benefício da saúde global."

Outras ações executivas

Além da saída da OMS, Trump assinou ordens que reafirmam políticas conservadoras, incluindo uma declaração de que os Estados Unidos reconhecem apenas dois sexos, masculino e feminino, como imutáveis e fundamentados em "realidades incontestáveis."