Desemprego recua em agosto, apesar da falta de ações do governo Lula
- Núcleo de Notícias
- 2 de out. de 2023
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Para o estrategista-chefe do Rumo Econômico, os bons resultados podem ser resquícios das reformas aprovadas em gestões anteriores

Crédito da imagem: Ministério do Trabalho e Emprego/Agência Brasil
Índice de Confiança da Indústria em 91 pontos, atingindo o pior resultado desde 2020, ano de pandemia. Pedidos de recuperação judicial de empresas em alta de 82,4% em agosto - o maior em 4 anos.
Se o brasileiro tirar como base os recentes indicadores da economia é uma surpresa atestar que o mercado de trabalho tenha obtido seu melhor agosto desde 2015.
Segundo recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice que mede contratações e demissões ficou em apenas 7,8% no mês passado.
A apuração do IBGE mostrou ainda recuo em relação ao trimestre finalizado em maio, quando a taxa de desocupação era de 8,3% - e em comparação ao trimestre finalizado em agosto de 2022, quando estava em 8,9%
Passado x Futuro
Pela análise do Rumo Econômico, o baixo desemprego de agosto pode ser fruto de diversos fatores. Entre eles, reflexos das políticas de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que promoveram as reformas Trabalhista e Previdenciária, respectivamente, além da desburocratização e incentivos para a geração de empregos.
O ministro Paulo Guedes, por exemplo, lançou a Lei da Liberdade Econômica em 2019, que facilitou as condições para abertura e funcionamento de empresas. A MP (Medida Provisória) foi de alta valia durante a pandemia, que viria a contaminar os planos do ministro logo em seu segundo ano no governo Bolsonaro.
Os efeitos da medida, ainda que não tão poderosos, levou o Brasil a subir três posições no ranking de liberdade econômica da Heritage Foundation, subindo da 133ª para a 127ª colocação em março deste ano, bem em meio ao desmonte das medidas promovidas por Lula.
“Indicadores recentes, como a queda da confiança no setor da indústria - além da expectativa de aumento de impostos - não são medidas que favorecem o mercado de trabalho. Exatamente o oposto”, pontua o estrategista-chefe do Rumo Econômico, Carlos Dias.
Ainda há em vista a reforma tributária que, embora já tenha sofrido múltiplas emendas em sua passagem pelo Senado, deve aumentar a tributação e prejudicar as contratações - principalmente no comércio e prestadores de serviço. Para agravar os prognósticos, o texto da PEC que substituirá o sistema de tributação na Constituição ainda não determinou qual será a alíquota do IVA (Imposto sobre Valor Agregado).
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