Desabastecimento à vista: Rússia corta 100% dos embarques de diesel para o Brasil
- Núcleo de Notícias
- 27 de set. de 2023
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A medida, segundo o governo, seria para controlar a inflação. Petrobras deve elevar os preços para evitar escassez do combustível

Crédito da imagem: Petrobras
Poucas semanas após assumir o posto de líder exportadora de diesel para o mercado brasileiro, a Rússia deu uma notícia nem um pouco agradável para o governo Lula. A partir de agora, nenhum embarque do combustível será feito para o Brasil, ou qualquer outro ponto do globo.
A justificativa apresentada pelo Ministério de Energia do governo Vladimir Putin foi a de “estabilizar o mercado interno”. Após sofrer sanções globais em razão da invasão da Ucrânia, a Rússia passou a vender combustíveis com preços abaixo do mercado e a atrair mais importadores.
Com o aumento de embarques internacionais, principalmente a mercados distantes da Europa, como o brasileiro, a oferta para o consumidor russo passou a decair, até causar aumento de preço nas bombas. A suspensão temporária das exportações seria exatamente para tentar frear a inflação puxada pela alta do diesel e da gasolina no mercado interno.
Pelo ângulo da disputa geopolítica, a paralisação das atividades exportadoras da Rússia devem levar os importadores de diesel para os Estados Unidos. Embora naturalmente aqueça a balança comercial norte-americana, a medida de Putin deve fazer com que os preços subam no mercado interno, gerando inflação.
Desabastecimento à vista
O fim momentâneo da venda de diesel russo para o exterior deve ter forte impacto na economia brasileira. Além de ser obrigado a aumentar os preços do diesel nas bombas, para evitar um eventual problema de desabastecimento, o Brasil terá de voltar a comprar dos Estados Unidos, país que costumava liderar as vendas do diesel para a Petrobras.
Em volume, mais de 40% do diesel importado pelo Brasil, entre janeiro e agosto, veio da Rússia. Os Estados Unidos, por sua vez, forneceram 31% do combustível para o mercado brasileiro.
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