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Depósitos em dólares na Argentina disparam 40% com política de Milei

Argentinos demonstram confiança no governo ao repatriarem US$ 19,8 bilhões em depósitos bancários desde a posse do presidente


Imagem: Matias Baglietto/Reuters


Desde que Javier Milei assumiu a presidência da Argentina em dezembro, os argentinos têm transferido suas economias em dólares para os bancos, demonstrando confiança em sua gestão e no programa de anistia fiscal. Os depósitos em dólares aumentaram 40%, alcançando US$ 19,8 bilhões — o maior nível desde 2019, segundo o Banco Central.


Esse fluxo de dólares representa um alívio para um país que enfrenta crises cambiais recorrentes e escassez de reservas estrangeiras. A medida aproxima Milei de sua promessa de dolarizar a economia, embora isso ainda seja uma realidade distante.


O ministro da Economia, Luis Caputo, destacou que a anistia fiscal está ajudando a impulsionar essa movimentação sem visar diretamente à arrecadação de impostos. Desde o início do programa de anistia, em julho, os depósitos cresceram US$ 1,4 bilhão, e cerca de 100.000 novas contas foram abertas nos bancos para esse fim.


A lei de anistia permite a declaração de até US$ 100.000 sem cobrança de taxas, com tributação de 5% para valores superiores, desde que investidos em determinados setores. Os argentinos podem declarar suas economias até março de 2025, mas com a aplicação de impostos mais altos sobre valores adicionais após essa data.


Apesar do aumento expressivo, o valor depositado representa apenas uma fração dos US$ 204 bilhões estimados em espécie que circulam na Argentina. Ainda assim, o movimento de repatriação sinaliza maior confiança no sistema bancário local.

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