Em reação à volta do MST, o deputado Luciano Zucco aposta no PL 895 para acabar com as invasões de propriedades
Por Claudio Dirani
Após a volta em peso do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) no chamado “Abril Vermelho”, a Câmara dos Deputados deu sua resposta imediata, com a aprovação da votação em regime de urgência do PL 895/2023, que visa ampliar punições e penas contra os invasores.
A matéria - que agora poderá ser apreciada a qualquer momento em plenário - prevê o endurecimento de sanções administrativas e restrições aos invasores de propriedades rurais e urbanas.
Em entrevista exclusiva ao Rumo Econômico, o presidente da Frente Parlamentar Mista Invasão Zero, deputado Luciano Zucco (PL-RS), afirma que a votação do projeto de lei deu uma espécie de “sobrevida” à CPI do MST, que acabou sabotada pelo governo Lula.
“A esquerda tentou sabotar a CPI e impediu que a gente pudesse votar o relatório final. Mas a CPI do MST não morreu, segue viva”, afirma Zucco.
“Esse projeto faz parte do pacote legislativo que apresentamos ao final das investigações. Ele quebra a espinha do MST naquilo que eles têm de pior: a utilização de pessoas humildes como massa de manobra”, explica.
Estados ajudam a conter invasões
Questionado sobre as iniciativas da Frente Parlamentar Mista Invasão Zero, criada logo após o fatídico fim da CPI do MST em 2023, Zucco destaca que alguns dos projetos já estão sendo colocados em prática pelos governadores.
“Eu penso que a Frente Parlamentar Invasão Zero é uma extensão da CPI do MST, um fórum de discussões, debates e ações para manter as entidades do agronegócio e os produtores rurais em estado permanente de mobilização”, observa Zucco.
“ Com esse governo omisso e conivente com as invasões não podemos baixar a guarda. Também teremos uma forte articulação com os governadores, para que eles firmem o compromisso de tolerância zero às invasões. Você pode notar que em estados como São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, o MST tem muita dificuldade em promover invasões”, complementa.
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