Deputado Sóstenes Cavalcante denuncia intimidação por parte do governo Lula para barrar urgência da anistia
- Instituto Democracia e Liberdade
- há 6 dias
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Líder do PL na Câmara afirma que Planalto ameaçou parlamentares com corte de verbas e cargos para impedir tramitação de projeto

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de pressionar de forma autoritária os parlamentares que assinaram o requerimento de urgência para a votação do projeto de anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023. Segundo o parlamentar, a intimidação incluiu ameaças de cortes de verbas e perda de cargos indicados, numa tentativa de fazer recuar o avanço da pauta no Congresso.
De acordo com declarações do deputado à imprensa, três parlamentares chegaram a considerar a retirada de suas assinaturas após terem recebido pressões do Palácio do Planalto. Um deles relatou que tinha uma emenda de R$ 25 milhões pendente, vinculada a programas de saúde em sua base eleitoral, e temia perdê-la caso mantivesse o apoio à proposta.
A denúncia repercutiu fortemente nas redes sociais. No X (antigo Twitter), Sóstenes confirmou ter protocolado o requerimento de urgência com 264 assinaturas, e afirmou que o fez com rapidez justamente para frustrar a tentativa do governo de minar o apoio ao projeto. “Agora está registrado e público: ninguém será pego de surpresa”, declarou, classificando a ação do Executivo como “pressão covarde”.
Em resposta, fontes ligadas ao governo federal tentaram minimizar o episódio, alegando que as conversas com parlamentares ocorreram sem tom de ameaça. No entanto, a denúncia acirra ainda mais o clima de tensão entre o Planalto e a oposição, que acusa Lula de utilizar os instrumentos do Estado para perseguir adversários políticos e impedir a discussão de propostas que contrariem sua narrativa.
A anistia aos manifestantes de 8 de janeiro é tema sensível, com amplo apoio dentro da base conservadora do Congresso e rejeição por parte de setores alinhados ao governo. A aceleração do processo de tramitação indica que o embate político sobre o tema está longe de terminar, e promete esquentar os debates nas próximas sessões legislativas.
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