Defendido por Lula, programa pode derrubar indústria nacional, afirma entidade
- Núcleo de Notícias
- 3 de jun. de 2024
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Para o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, nova lei incentivará a procura por empresas estrangeiras

Além de promover a chegada de mais impostos com o fim da isenção para compras de até U$ 50 em sites internacionais, o programa de incentivos ao setor automotivo Mover (Mobilidade Verde e Inovação) deve afetar diretamente outro segmento: o da indústria de petróleo e derivados.
O motivo principal é que o texto do PL (que ainda passará pelo Senado) obriga por lei os estados brasileiros priorizarem o "conteúdo nacional," incluindo mão de obra e matéria prima. Atualmente, as operações já são regulamentadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), mas sem o mesmo critério mandatório incluído no Mover.
O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás. Roberto Ardenghy, acredita que o trecho da legislação não será totalmente positivo para a indústria local. Pior: incentivará a busca por outros mercados em expansão.
"A ideia tem mérito, mas a maneira como se quer fazer isso vai causar atraso, aumento de custo e afugentar investidores. Vão procurar outros países que não têm essa regulamentação. Tem a Guiana aqui do lado”, apontou o dirigente.
"Não faz sentido aumentar o conteúdo local de um projeto que você não consegue fornecer o equipamento”, ressaltou Ardenghy, que deve tentar alterar as diretrizes do projeto antes que ele seja votado no Senado.
Já o relator da matéria na Câmara, deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), afirma que a proposta precisa ser apoiada em definitivo pela base governista.
"A gente quer garantir que a indústria nacional não morra no país. Acho que não teremos dificuldade no Senado, pela base do presidente Lula entender que é meritório", afirmou Ribeiro.
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