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Crise na China: derrocada econômica em 2023 poderá afetar o Brasil

Apesar de atingir a meta do PIB em 2023, desaceleração econômica chinesa causará efeitos no Brasil e no mundo


Agência Brasil/EBC


Apesar da reconhecida falta de transparência relacionada à divulgação de dados oficiais, a tendência de que a China caminhou por terrenos perigosos no ano passado foi escancarada no decorrer de 2023.


Com isso, o anúncio de que o Produto Interno Bruto chinês ficará dentro da meta definida pela equipe de Xi Jinping - em torno de 5% - não foi suficiente para abrandar os efeitos avassaladores da crise imobiliária local.


No final de outubro, o Fundo Monetário Internacional já adiantava que as consequências geradas pela derrocada das empreiteiras China Evergrande e Country Garden Holdings não só freiaria o desenvolvimento do gigante asiático, como iria se expandir para o resto do planeta.


O Brasil, por exemplo, tem a China como maior parceiro internacional  e depende do governo comunista para fechar as contas de sua balança comercial.


Outro imbróglio na relação comercial Brasil-China atingiu seu ápice em dezembro, a ponto de provocar forte reação de representantes da indústria siderúrgica, como Usiminas, CSN, Gerdau e ArcelorMittal. 


No ano passado, as importações do aço produzido na China cresceram 50% e podem subir 20% até o fim de 2024, de acordo com apuração do Instituto Aço Brasil. Para evitar uma eventual quebradeira do setor, os representantes corporativos pressionam o governo Lula para uma sobretaxa de 25% no aço chinês para resgatar o estímulo à indústria nacional.


A queda chinesa: excesso de liquidez compromete futuro econômico


De acordo com analistas do mercado financeiro, outro agente influenciador da queda econômica na China foi o excesso de liquidez propagado em 2009, durante o auge da crise econômica global. 


Para abrandar os efeitos no país, o antecessor na presidência, Hu Jintao, abriu os cofres para incentivar a produção. Contudo, seu sucessor Xi Jinping - que já está em seu terceiro mandato - não fechou a torneira ao assumir em 2012, agravando os problemas estruturais.


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