Crise Fiscal e Inflação Persistente: O Brasil sob o governo Lula
- Carlos Dias
- 23 de mar.
- 2 min de leitura

A economia brasileira enfrenta um cenário preocupante em 2025, com sinais claros de fragilidade fiscal e persistência inflacionária. Apesar da elevação da taxa Selic para 14,25% ao ano pelo Banco Central, a inflação continua a resistir ao controle, corroendo o poder de compra da população e afetando a confiança do mercado. Enquanto os bancos centrais ao redor do mundo atuam para alinhar suas taxas de inflação às metas estabelecidas, o Brasil segue um caminho incerto, agravado por uma política econômica que ignora a responsabilidade fiscal.
As projeções do Comitê de Política Monetária (Copom) para 2025 indicam que a inflação deve atingir 5,7%, um patamar bem acima da meta estabelecida, demonstrando uma preocupante desancoragem das expectativas. Esse cenário se torna ainda mais crítico diante do avanço descontrolado dos gastos públicos promovidos pelo governo Lula. A ausência de um compromisso real com o equilíbrio das contas públicas pressiona o endividamento do país e compromete a confiança dos investidores, impactando diretamente os preços dos ativos e a estabilidade econômica.
O Banco Central tem tentado conter a deterioração inflacionária por meio de uma política monetária contracionista, elevando os juros em um ciclo sucessivo de aumentos, já comparável ao que foi visto entre 2015 e 2016 – período que culminou no impeachment de Dilma Rousseff, marcado por uma recessão profunda. No entanto, a elevação da Selic, por si só, não é suficiente para reverter a crise, especialmente diante de um governo que se mantém relutante em adotar medidas fiscais responsáveis.
O futuro da economia brasileira depende de um ajuste de rota na condução das contas públicas. Sem um compromisso sério com a responsabilidade fiscal e a credibilidade da política econômica, o Brasil seguirá à deriva, acumulando déficits e afugentando investimentos. A atual trajetória de aumento da inflação, endividamento crescente e juros elevados é insustentável a médio prazo e pode mergulhar o país em mais um ciclo de estagnação econômica e instabilidade social.
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