Famílias vivendo nas ruas aumentam em quase 100 mil em um ano e meio, segundo dados oficiais
Desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Brasil presenciou um aumento significativo no número de pessoas vivendo em situação de rua. Entre janeiro de 2023 e julho de 2024, o total de famílias sem moradia cresceu de 194,3 mil para 291,4 mil, um aumento expressivo de 97,1 mil famílias, segundo dados da Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Esse crescimento em apenas 15 meses já ultrapassa o aumento registrado ao longo dos quatro anos de governo de Jair Bolsonaro (PL). Durante o mandato de Bolsonaro, a média mensal de novas famílias vivendo nas ruas era de 1.660, enquanto no governo Lula esse número triplicou, alcançando 5.264 por mês até julho de 2024.
O pico desse aumento foi registrado em dezembro de 2023, com 10 mil novas famílias entrando nas estatísticas de situação de rua. Outros meses críticos incluem setembro de 2023, com 8,8 mil novas famílias, e novembro do mesmo ano, com 8,5 mil. Já em abril de 2024, o total chegou a 7.356 novas famílias.
Embora o Sagicad forneça apenas dados referentes a famílias, o governo estima que 92% dessas famílias sejam compostas por uma única pessoa, sugerindo que o número total de pessoas vivendo nas ruas seja próximo ao número de famílias registrado.
Até o momento, tanto o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome quanto o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania não comentaram oficialmente sobre os fatores que explicam esse aumento expressivo na população em situação de rua no país.
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