Parte dos analistas teme momento para a decisão por redução, enquanto outra fatia crê que medida é estímulo para produção
O setor petrolífero sofrerá um corte voluntário de 500 mil Barris por dia até o final de 2023; foi o que anunciou o Ministério de Energia da Arábia Saudita em nota publicada no site oficial do Ministério nesse domingo (02). A redução deverá ser concretizada em coordenação com países membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) que devem iniciar a redução a partir de maio deste ano.
De acordo com explicação presente no documento, “Esse corte voluntário é adicional à redução na produção acordada na 33ª Reunião Ministerial da Opep e não Opep em 5 de outubro de 2022”, e que “O responsável do Ministério da Energia enfatiza que se trata de uma medida de precaução destinada a apoiar a estabilidade do mercado petrolífero.”
Para os analistas do Goldman Sachs “A Opep+ tem um poder de precificação muito significativo e o corte surpresa é consistente com sua nova doutrina de agir preventivamente sem perdas significativas de participação de mercado. Como já assumimos que os cortes na Rússia se estenderiam até a segunda metade de 2023, estamos reduzindo nossa previsão de produção da Opep+ para o final de 2023 em 1,1 milhão de barris por dia”.
Nesta segunda-feira (3), após a decisão, o contrato futuro do petróleo Brent com vencimento em junho apresentou máxima (R$ 86,44) em um mês logo no início da sessão, tendo às 8h10 (horário de Brasília) um crescimento de 5,71% a US$ 84,45.
Segundo declarou Tina Teng, analista da CMC Markets à CNBC, “O plano da Opep+ para um novo corte na produção pode levar os preços do petróleo para a marca de US$ 100 novamente, considerando a reabertura da China e os cortes de produção da Rússia como um movimento de retaliação contra as sanções ocidentais”.
FONTE/CRÉDITOS: Rumo Econômico com Infomoney
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