Corretora comandada por sobrinho de Haddad pode dever mais de R$ 400 mi
- Núcleo de Notícias
- 17 de jan. de 2024
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Guilherme Haddad Nazar chefia filial nacional da corretora de criptomoedas Binance

Investigações realizadas pela CPI das Pirâmides Financeiras - que mira, principalmente, a atuação irregular do mercado de criptomoedas - apontou que a subsidiária da Binance no Brasil nunca pagou impostos para atuar no país. A Binance conta hoje com a direção de Guilherme Haddad Nazar, sobrinho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
No ano passado, a CPI ativa na Câmara dos Deputados apurou que a Binance não pagou ISS (Imposto Sobre Serviços) sobre as taxas de corretagem - imposto cobrado pelos municípios de todas as empresas em atividade.
A taxa de corretagem é cobrada usualmente por esse tipo de empresa para intermediar negociações. A companhia alega que não cumpre com o dever em virtude de não possuir uma sede no Brasil.
Embora realmente não esteja sediada no país, a Binance conta com uma estrutura considerável para atuar em território nacional. Além de ser comandada pelo sobrinho de Haddad, a corretora opera com 200 funcionários e tem em seu corpo de consultores o ex-ministro da Economia, Henrique Meirelles.
CPI revela que Binance movimentou R$ 40 bi apenas em 2021
Segundo cálculos feitos pela CPI, os débitos da Binance com o fisco podem oscilar entre R$ 300 e R$ 400 milhões. Os dados são referentes a informações apuradas pela comissão referentes a 2021, quando a empresa movimento R$ 40 bilhões em uma conta no banco Acesso.
Em resposta aos questionamentos da CPI, a Binance, representada por Guilherme Haddad Nazar, afirmou que “a atividade de compra e venda de criptoativos é feita por empresas não brasileiras”.
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