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Corregedoria da Polícia Civil promete investigar acesso a dados sigilosos

Caso envolvendo assessores de Alexandre de Moraes será apurado pela corporação


Tagliaferro: "pau para toda" obra de Moraes

A Corregedoria de Polícia Civil do Estado de São Paulo informou que irá investigar a denúncia de acesso fora das vias oficiais a bancos de dados da corporação, conforme revelado em mensagens de WhatsApp trocadas entre assessores do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.


O caso específico foi revelado na quinta-feira (15) pela Folha de S. Paulo, quando o PM Wellington Macedo, que atuava como segurança Moraes em seu gabinete até a primeira quinzena de agosto, solicitou ao perito do TSE, Eduardo Tagliaferro, que tentasse acessar dados sigilosos de cidadãos que ameaçavam o ministro.


Em comunicado a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo adiantou que policial militar envolvido no escândalo já foi afastado do cargo pelas irregularidades, 


"O policial militar citado encontra-se regularmente afastado para exercer cargo em comissão junto ao STF”, escreveu o órgão.


Pedidos indevidos


Os pedidos feitos pelo PM aconteceram pelo menos uma dezena de vezes, entre agosto e dezembro de 2022. Em uma das respostas apresentadas por Tagliaferro, o ex-perito do TSE diz ter encontrado todos os dados dos investigados de forma irregular pelo ministro.


"Informo que realizei pesquisa nos sistemas policiais, e de identificação civil do Estado de São Paulo, bem como consulta aos dados do DETRAN, e foram encontrados todos os dados abertos, sendo possível identificar, nomes, filiações, números de documentos, fotos, endereços, o que levam a identificação do Excelentíssimo Ministro e seus familiares".

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