Copom teme escalada da inflação e não descarta aumentar Selic
- Núcleo de Notícias
- 1 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Decisão do Copom manteve a taxa de juros em 10,50%. Tendência de alta foi alertada pelo Rumo Econômico

Como esperado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter em 10,50% a taxa Selic, indicando mais rigidez no controle inflacionário nos próximos meses. A decisão desta quarta-feira (31), como na reunião anterior, foi unânime.
Além de entender que os EUA devem aguardar até setembro para cortar os juros, a entidade sinalizou que a manutenção da Selic servirá para estabilizar a economia nacional.
“O ambiente externo mantém-se adverso, em função da incerteza sobre os impactos e a extensão da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e sobre as dinâmicas de atividade e de inflação em diversos países”, detalhou o Copom.
“Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo maior do que o esperado. A desinflação medida pelo IPCA cheio tem arrefecido, enquanto medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, complementou o BC.
Serviços mais caros à vista
Em seu comunicado, o Banco Central visualizou ainda diversos cenários sobre a inflação, com destaque para o aumento dos preços cobrados pelo setor de serviços.
“O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário está uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada, em função de um hiato do produto mais apertado”, reiterou o Copom.
Rumo Econômico alertou para tendência da Selic
Apesar dos constantes manifestos de surpresa e indignação do governo Lula - e também de parte da mídia - a tendência de retomada da taxa Selic já tem dominado a pauta do Rumo Econômico há mais de um ano.
Em maio, nossos analistas dissecaram a decisão do Comitê de Política Monetária em reduzir a Selic em 0,25%, passando para o valor que resistiria a novos cortes até agosto. Ainda assim, o Rumo Econômico destacou que a taxa de juros não voltaria a ser cortada em razão das medidas de inflação subjacente.
"A inflação ao consumidor está em uma trajetória de desinflação, mas as medidas de inflação subjacente permanecem acima da meta As expectativas de inflação para 2024 e 2025 estão em torno de 3,7% e 3,6%, respectivamente. Lembrando que a meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional é de 3% ao ano".
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