Com taxa de juros estagnada, conselho aguarda retrocesso da inflação a médio prazo no Brasil
Em ata divulgada pelo Banco Central com as análises e decisões da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada nos dias 2 e 3 de maio, foram detalhados os motivos pelos quais a taxa básica de juros do país foi mantida em 13,75% pelos próximos 45 dias. De acordo com o texto, o Copom decidiu manter a Selic estagnada tendo em vista a instabilidade ainda latente da economia global e também a permanência de um elevado resultado de inflação que perdura há alguns meses no Brasil.
Para o Comitê, o ambiente externo continua conturbado e incerto, apesar de contágio limitado com respeito às condições financeiras, o que exige constante monitoramento, pois o cenário mostra-se ainda bastante negativo e a maior parte dos bancos centrais têm demonstrado cautela quanto à inflação ainda bastante resiliente em todos os mercados.
Segundo a ata, o Brasil tem ainda um baixo impacto quanto à crise bancária dos EUA, e mantém um cenário interno relativamente equilibrado, com uma desaceleração gradual do crescimento previsto pelo próprio Comitê, quadro que também pode ser observado no mercado de crédito. A boa notícia, pelo menos por enquanto, é que o mercado de trabalho continua com números positivos o que mantém a inflação em ritmo moderado e sustentado pelo consumo, quanto à demanda e pelo setor agropecuário, quanto à oferta.
A perspectiva apresentada no texto é de que a manutenção da Selic com o índice anterior, favoreça uma redução a médio prazo da inflação, e caso o cenário previsto não seja concretizado, o Bacen estará atento e disposto a reverter o processo de estagnação e voltar a elevar os juros caso seja necessário.
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