Copom eleva juros para 13,25% e sinaliza nova alta na próxima reunião
- Núcleo de Notícias
- 29 de jan.
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Banco Central mantém estratégia contracionista diante da pressão inflacionária

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (29) um novo aumento na taxa básica de juros, elevando a Selic para 13,25%. Esta é a quarta alta consecutiva, seguindo o ciclo de aperto monetário iniciado no ano passado. A decisão, tomada de forma unânime pelo colegiado, já era amplamente esperada pelo mercado financeiro.
A medida reflete os esforços do Banco Central em busca do controle da inflação, que segue acima da meta estabelecida. O Copom já havia indicado anteriormente que seriam necessárias pelo menos mais duas elevações de 1 ponto percentual no início de 2025, reforçando a perspectiva de uma nova alta na reunião de março.
A última vez que a taxa Selic esteve nesse patamar foi entre agosto e setembro de 2023. No entanto, naquele momento, o Banco Central estava iniciando um ciclo de redução dos juros, ao contrário do atual cenário, em que o foco é a contenção das pressões inflacionárias.
No comunicado divulgado após a reunião, o Copom revisou para cima suas projeções de inflação para 2025. A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 4,5% para 5,2%, tanto para os preços livres quanto para os administrados. Já para o terceiro trimestre de 2026, as projeções permaneceram inalteradas, com inflação cheia estimada em 4,6%, sendo 3,8% para preços livres e 4,6% para administrados.
O Comitê reforçou que a continuidade do ajuste dependerá da evolução dos indicadores econômicos. "Diante da persistência de um cenário adverso para a convergência da inflação à meta, o Comitê antevê um novo ajuste de mesma magnitude na próxima reunião, caso as condições macroeconômicas se confirmem", destacou o comunicado. Além disso, o Banco Central indicou que a duração e intensidade do ciclo de aperto monetário dependerão da dinâmica inflacionária, das expectativas do mercado e do balanço de riscos para a economia.
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