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COP-28: Discurso de Lula afronta a soberania nacional

Atualizado: 5 de dez. de 2023

Presidente diz que decisões do G20 sobre o clima devem prevalecer. Deputados emitem nota de repúdio

Lula ao lado do prefeito do RJ, Eduardo Paes, na COP-28 - Agência Brasil/EBC


Em discurso realizado no último sábado (2) em Dubai, nos Emirados Árabes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) clamou por uma “união global” dos participantes da COP-28 - atitude que levantou suspeitas de uma eventual tentativa de ruptura dos princípios constitucionais e da soberania nacional. O alvo principal do presidente na conferência sobre as mudanças climáticas da ONU foi o Marco Temporal Indígena, recentemente aprovado pelo Congresso.


Vetadas de forma integral pelo petista em outubro, as regras que determinam a demarcação de terras foram comparadas a ação de “raposas tomando conta do galinheiro”.

“Estou dizendo isso porque todas essas coisas que nós vamos fazer oficialmente têm que ser precedidas por uma forte participação de vocês, por uma forte elaboração de documentos de vocês, porque a gente tem que se preparar para entender que ou nós construímos uma força democrática capaz de ganhar o poder Legislativo”, anunciou Lula.


“Ou (se isso não acontecer) nós vamos ver acontecer o que aconteceu com o Marco Temporal. Querer que uma raposa tome conta do nosso galinheiro é acreditar demais”, comparou.


A declaração de Lula mobilizou imediatamente a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que classificou a analogia como uma tentativa antidemocrática de “se perpetuar no poder”.


“Ao se alinhar as ditaduras de todo o mundo, Lula sinaliza para a criminalização da produção rural no Brasil, para a fragilização de direitos constitucionais, em busca de perpetuação no poder e de uma democracia fraca, dependente e corrupta”, escreveu o presidente da entidade, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR).

Marco Temporal: Lula desafia a soberania nacional


Outro ponto polêmico do discurso de Lula na COP-28 - e que causou indignação de parlamentares opositores - foi a convocação de lideranças do G20. A intenção aparente de Lula seria buscar apoio para que as medidas aprovadas na COP-30, a ser realizada no Brasil, tivessem poder de atropelar matérias de competência do legislativo.


“Nós queremos que quando os chefes de Estado se reunirem em novembro a gente tenha o resultado daquilo que é a decisão do movimento social brasileiro sobre o papel do G20 no próximo período” (...) Nós estamos tentando ver se a gente consegue mudar e, quem sabe, um dia seja na nossa querida COP-30, no estado do Pará”, comentou Lula, lamentando que as resoluções aprovadas por entidades globalistas perdem sua efetividade ao serem confrontadas por deputados e senadores.


“Se o mundo tiver falando sério, a preocupação com o planeta Terra é a COP-30. Um divisor de águas. Ou a gente faz, ou a gente não faz e é cada um pra si e Deus pra todos. O que eu posso garantir para vocês é que vamos fazer a nossa parte. Se os outros quiserem, que venham junto”, garantiu Lula.


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