Comitê dos EUA expõe censura do STF contra críticos do governo Lula
- Núcleo de Notícias
- 18 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 19 de abr. de 2024
Em desdobramento do Twitter Files Brazil, deputados dos EUA revelam em 541 páginas os casos de censura impostos por Alexandre de Moraes

Quando se esperava uma ação direta de Elon Musk para divulgar o material revelado na série de reportagens Twitter Files Brazil, as informações prometidas acabaram vindo à tona por meio de parlamentares do Congresso dos Estados Unidos.
Em um relatório de 541 páginas divulgados pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes no final da noite de quarta-feira (17), o documento intitulado: “O ataque à liberdade de expressão no exterior e o silêncio do governo Biden: o caso do Brasil” - apontou que cerca de 300 pessoas foram alvo de monitoramento e censura do TSE/STF entre 2021 e 2024, incluindo o então presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
A mesma comissão que divulgou o relatório sobre a censura no Brasil solicitou ainda ao Departamento de Estado Norte-Americano - órgão ligado ao governo de Joe Biden - entregar toda a documentação que relata as demandas do TSE/STF para bloquear e banir usuários do antigo Twitter e de outras redes sociais.
“Os documentos e registros entregues revelam que, desde pelo menos 2022, o Supremo Tribunal Federal do Brasil, no qual Alexandre de Moraes atua como juiz, e o Tribunal Superior Eleitoral do Brasil, liderado por Moraes, ordenaram que a X Corp suspendesse ou removesse quase 150 contas na popular plataforma de mídia social”, aponta o relatório.
Casos de censura apontados pelos deputados norte-americanos
A lista de censurados pelo Twitter a pedido do ministro Alexandre de Moraes é extensa, e inclui veículos de imprensa como Revista Crusoé, Jovem Pan, O Antagonista, Brasil Paralelo, Gazeta do Povo, além do influenciador Monark e do empresário Luciano Hang.
No caso de Monark - cujo nome de batismo é Bruno Aiub Monteiro - o relatório especifica o comentário que levou o YouTuber a uma série de situações que culminou com sua saída do Brasil.
Confira a crítica de Monark ao STF/TSE:
“Toda vez que o Supremo faz um movimento desse [bloqueio de contas], ele gasta fichas políticas. Então, por que ele [STF está disposto a pagar este custo? Por que ele está disposto a garantir uma não-transparência nas eleições? A gente vê o TSE censurando gente, a gente vê o Alexandre de Moraes prendendo pessoas, você vê um monte de coisa acontecendo, e, ao mesmo tempo, eles impedindo a transparência das urnas? Você fica desconfiado, que maracutaia está acontecendo nas urnas ali? Por quê? Por que o nosso sistema político não quer deixar ter mais segurança?” (...)
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