Déficit nominal do país tem piorado desde 2023, mesmo sem contabilizar gastos com tragédia no RS
Mesmo sem ainda contabilizar os prejuízos gerados pelo desastre no Rio Grande do Sul, o déficit nominal brasileiro - que é calculado pela diferença entre os gastos e as receitas, incluindo o pagamento dos juros da dívida bruta - já chegou a um patamar semelhante ao observado durante o pior momento da pandemia de covid-19.
Segundo o Banco Central, o acumulado de 12 meses ficou em R$ 998,6 bilhões em março - ligeiramente inferior ao resultado de janeiro de 2021, quando chegou a 1,01 trilhão.
Conforme o BC, em dezembro de 2021, a dívida brasileira atingiu o ápice de 87,5% do PIB (Produto Interno Bruto), em razão dos gastos extraordinários gerados pela demanda da crise sanitária, incluindo pagamentos de auxílio emergencial.
Apesar do rombo, o país viria a se recuperar gradativamente chegando a 71,7% do PIB no final de 2022, em pleno ano eleitoral. Já no final do primeiro ano do terceiro mandato de Lula, em dezembro de 2023, o déficit nominal chegou a 74,4% do PIB, avançando para 75,7% do PIB em março de 2024.
Sem cogitar corte de gastos na máquina pública, o governo federal está prestes a amargar resultados ainda piores nos próximos meses. Isso porque a conta ficará ainda mais cara em razão do aumento das despesas com programas sociais e a suspensão da dívida do Rio Grande do Sul.
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