Na análise do Rumo Econômico, "Acredita" pode gerar inflação mais alta para o brasileiro
Na busca de uma agenda positiva para seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou oficialmente o programa Acredita - uma iniciativa inspirada no Desenrola, que pretende ampliar crédito e renegociar dívidas dos pequenos negócios. O mercado imobiliário e o “setor verde” também devem ser beneficiados no pacote.
A cerimônia oficial de assinatura da Medida Provisória (MP) contou com a presença do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, que pouco apareceu desde sua posse como chefe da 39ª pasta comandada por Lula, em setembro de 2023.
Conforme o governo, o programa Acredita é formado por quatro eixos destinados a abrir novas linhas de microcrédito para inscritos no Cadastro Único e bancar a renegociação de débitos por meio do Desenrola Pequenos Negócios. A previsão é de que o Acredita injete pelo menos R$ 500 milhões em empréstimos para quem é MEI (Micro Empresário Individual) ou pequeno empresário somente em 2024.
Embora analistas da mídia tradicional tenham considerado uma “boa iniciativa”, o Acredita gera dúvidas e pouca fé para quem acompanha de perto a piora da economia nacional.
Para Carlos Dias, estrategista-chefe do Rumo Econômico, os dados ruins da economia não incentivam a abertura de mais crédito. Pior. A MP de Lula poderá ser geradora de inflação.
“O governo está injetando dinheiro no mercado, provocando uma falsa demanda sobre produtos inexistentes, e colocando um valor artificial sobre o preço do dinheiro (empréstimo). Essa expansão monetária é algo extremamente inflacionário e deveria ser barrada pelo Congresso Nacional, além de se contrapor explicitamente à prudente política monetária do Banco Central", explica.
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