Os executivos da J&F reaparecem ao lado de Lula em projetos na indústria alimentícia e importação de energia
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Na campanha eleitoral de 2022, Geraldo Alckmin pediu licença para seu novo chefe para desmentir uma fala de 2018, quando o então tucano e candidato ao Planalto disse, com todas as letras, “depois de quebrar o Brasil, Lula quer voltar à cena do crime”.
Ao desmentir que tenha acusado o petista de corrupção, Alckmin foi direto, sem ser criativo. O ex-governador de São Paulo optou pela estratégia de culpar os “bolsonaristas” por tentarem “iludir” os eleitores.
Seja como for, após quase um ano de terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem repetido algumas fórmulas de seus governos passados, dando razão à “antiga versão” de seu vice. Entre eles, o de voltar a fazer negócios com personagens marcados por “irregularidades”, como os irmãos Joesley e Wesley Batista da J&F Investimentos.
A reaproximação com os Batista, ao contrário do que possa parecer, tem acontecido de forma acelerada - e às claras. Na semana anterior, o Ministério do Trabalho e Emprego anunciou as negociações de uma parceria com a JBS - controlada pela J&F - para gerar empregos destinados, principalmente, a trabalhadores que se encaixem no perfil das classes sociais menos abonadas.
Lula & Irmãos Batista: parceria na indústria alimentícia
Após reunião com o ministro Luiz Marinho (PT) - e o próprio vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD) - a J&F praticamente bateu o martelo para fechar uma colaboração que visa criar 50 mil vagas de emprego formal na indústria alimentícia até 2026.
Segundo as partes envolvidas, a associação do governo federal com a indústria de alimentos pode gerar até 50 mil novos postos de trabalho até 2026. A notícia, como o Rumo Econômico mostrou, dá sequência à outra parceria entre o governo Lula e a J&F.
Na segunda-feira (11), foi revelado que a Ambar Energia - um braço da J&F - seria a responsável pela importação de energia elétrica da Venezuela a preços mais altos do mercado. O contrato para abastecer Roraima, vale destacar, foi definido durante a passagem de Nicolás Maduro pelo Brasil em maio.
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