Taxas de juros elevadas e desemprego geram recorde de atrasos em sete anos.
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O Banco da Inglaterra apresentou na última semana dados que apontam um crescente atraso no pagamento dos empréstimos hipotecários por parte das famílias britânicas. O salto corresponde a 13% no segundo trimestre de 2023 e representa o maior índice desde o ano de 2016.
Em libras, o montante dos valores em atraso chegam a 16,9 bilhões, o que corresponde a 21,1 bilhões de dólares. Os números da inadimplência equivalem a um crescimento de 29% se comparado ao ano anterior, motivado pelas elevadas taxas de juros e o crescente desemprego na região, que pressionam cada vez mais a renda familiar da população.
O rápido crescimento dos atrasos nos pagamentos tem chamado a atenção do mercado que começa a pressionar o Banco da Inglaterra a rever as elevações das taxas de juros para a próxima reunião da instituição sobre o tema, ao mesmo tempo, em que alertas são realizados a respeito de um iminente "colapso hipotecário" a ser gerado, caso a política de juros não seja revista pelo regulador.
A elevação das taxas de juros tem sido motivada pelos números inflacionários crescentes mediante as últimas crises globais, desde a pandemia de Covid-19 até os efeitos causados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. O resultado do impacto gerado é um recorde nos preços das hipotecas, que chegaram a números jamais enfrentados pela população há mais de uma década.
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