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Irmãos Batista: a Lua de mel com Lula e suas "coincidências" muito suspeitas

Os bilionários salvos pela mão amiga da Justiça voltaram ser os grandes parceiros de Lula


A cosa nostra: irmãos Batista de volta ao Planalto

Em março de 2023, os irmãos Batista deram início a uma nova “fase” de amizade com o governo Lula. Os executivos  - que confessaram o pagamento de propina bilionária a agentes públicos nos governos petistas aos procuradores da Lava Jato - voltaram a contar com uma série de regalias para atuar com força, como nos velhos tempos.


No âmbito jurídico, por exemplo, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli bateu o martelo para suspender a multa de mais de R$ 10 bilhões do acordo de leniência da J&F, controlada pelos donos do grupo que administra o frigorífico JBS. 


Aos poucos, aproveitando a deixa do Judiciário, Joesley e Wesley começaram a aparecer no noticiário como "estrelas" nos mais diversos segmentos da economia.


Encontro com Lula: tabu quebrado


Já em 2024, quase 30 dias após retornarem ao conselho da JBS, os Batista - que transformaram sua empresa no maior frigorífico do planeta, graças ao amigo BNDES - se reuniram com Lula após mais de 6 anos. Ao menos, aos olhos do público.


O encontro foi em um evento oficial do governo, onde o ocupante do Palácio do Planalto foi recebido pelos empresários em Campo Grande para ratificar o aumento das vendas de carnes para o mercado chinês.


No mês seguinte, chegou vez de retribuir a visita, com Wesley e Joesley sentados à mesma mesa de Lula para debater formas de como resolver “o impacto das enchentes do Rio Grande do Sul no setor produtor de proteína animal” - isto, segundo a versão oficial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).


Amazonas Energia: a nova polêmica


O bom - e renovado - relacionamento de Lula com os empresários (hoje considerados persona non grata nos EUA e Inglaterra) voltou a ser notícia, com o anúncio da aquisição de 12 termelétricas com dívidas na casa de R$ 9 bilhões com a União.


Adquiridas pela Ambar Energia de propriedade dos Batista, as problemáticas empresas, aparentemente, tiveram seu problema solucionados graças a uma Medida Provisória baixada a toque de caixa pelo governo Lula.


Sim. Os irmãos Batista ganharam um presentão, confirmando a nova fase, bem distante do olhar do STF.


Como o Rumo Econômico mostrou, graças a uma medida provisória baixada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin autorizada pelo chefe petista, as dívidas das companhias financiadas pelo governo foram transferidas diretamente para a Conta de Energia de Reserva, gerida pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). 


Com a decisão, esses valores caíram no colo do brasileiro, que deve pagar entre R$ 2 bilhões e R$ 2,7 bilhões por ano para cobrir o rombo da Amazonas Energia. 


O governo Lula tentou se defender da “coincidência”:


“A MP foi criada para dar sustentabilidade à distribuidora do Amazonas e não irá onerar o consumidor final”, escreveu o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira.


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