Enchentes que devastaram municípios do Sul já afetam plantio de soja e trigo
Enchentes no Sul - Agência Brasil/EBC
Nos últimos dois meses, incontáveis municípios da Região Sul foram devastados pelas enchentes típicas do fenômeno climático El Niño. Os problemas sociais e econômicos enfrentados por milhões de brasileiros, entretanto, não parecem ocupar a agenda de prioridades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de não visitar pessoalmente os estados afetados pelo desastre natural, o petista seguirá para o Oriente Médio nesta segunda-feira (20), com preocupações que vão desde o “aquecimento global” ao governo do Catar, país onde vivem os bilionários líderes do Hamas. A Faixa de Gaza, inclusive, deverá contar com R$ 50 milhões de ajuda humanitária, enviados por meio de uma MP (Medida Provisória) assinada pelo presidente.
Enquanto Lula ensaia mais uma volta ao mundo, com direito às habituais hospedagens luxuosas, os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul acumulam incontáveis prejuízos econômicos. De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), as perdas no comércio, agricultura e outros segmentos produtivos já ultrapassaram os US$ 5 bilhões.
Safra do Sul foi afetada de forma impactante pelas chuvas
O governo de Santa Catarina também revisou os cálculos de prejuízos para o setor da agropecuária. Após as recentes chuvas, as lavouras catarinenses devem acumular perdas em torno de R$ 2 bilhões.
Os demais estados sulistas também estão sofrendo com as enchentes. No Paraná, as perdas da safra de trigo já atingiram 30%, enquanto o Rio Grande do Sul confirmou que atrasará o plantio da soja - uma das commodities mais poderosas de nossa balança comercial.
Segundo dados apresentados pelo Departamento Técnico e Econômico (DTE), os problemas gerados pelas intermitentes chuvas afetaram o ciclo do plantio de aveia, cevada e trigo, prejudicando as respectivas colheitas em quantidade e qualidade.
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