PIB da China no período teve alta menor de 4,7%, influenciado pela queda da demanda no varejo
Ainda que o grau de confiança nos dados oficiais divulgados pela China estejam muito aquém do ideal, os resultados divulgados nesta semana pelo governo indicam que o gigante oriental deverá retomar medidas para estimular a economia comandada pelo ditador Xi Jinping.
Conforme apontou o Escritório Nacional de Estatística, o produto interno bruto registrou alta de apenas 4,7% no segundo trimestre de 2024 - número inferior ao desempenho do primeiro trimestre deste ano, quando subiu 5,3%. A desaceleração econômica, portanto, entrou como pauta principal da série de reuniões do Partido Comunista Chinês, iniciada na segunda-feira (15).
Conforme o órgão estatal, embora a produção industrial tenha se destacado entre abril e junho com alta de 5,3%, a demanda pelo consumo caiu 2% no mesmo período, com destaque negativo para as vendas no varejo.
Além da desaceleração do consumo, a crise imobiliária continua sendo o calcanhar de Aquiles da China. A comprovação da fase negativa foi a 13ª queda consecutiva dos preços das moradias novas computada em junho. O baixo desempenho do setor pelo quinto trimestre consecutivo também repetiu o resultado negativo de 1999.
Após a divulgação dos números econômicos, o governo chinês emitiu um comunicado reconhecendo a queda:
"Devemos estar cientes de que o ambiente externo está interligado e complexo, a demanda interna efetiva continua sendo insuficiente e a base para recuperação e crescimento sólidos ainda precisa ser fortalecida.Na próxima etapa, devemos trabalhar mais para revigorar o mercado e estimular o ímpeto interno”, alertou o Escritório Nacional de Estatística.
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