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Chefe de inteligência da Rússia lista condições para paz na Ucrânia

Moscou exige neutralidade ucraniana, abandono de planos nucleares e reconhecimento das novas fronteiras para encerrar o conflito



O diretor do Serviço de Inteligência Externa da Rússia (SVR), Sergey Naryshkin, afirmou na terça-feira que um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia só será possível se Kiev renunciar de forma definitiva à sua aspiração de integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), abandonar qualquer iniciativa ligada a armamentos nucleares e reconhecer as novas fronteiras estabelecidas pela Federação Russa desde o início do conflito.


De acordo com o diretor, Moscou mantém inalterados seus objetivos estratégicos desde o início da operação militar especial na Ucrânia. Entre as condições impostas para um cessar-fogo e posterior acordo de paz estão o status de neutralidade e não nuclear da Ucrânia, sua completa desmilitarização, um processo de “desnazificação” e a revogação de todas as leis consideradas discriminatórias adotadas após o que o Kremlin classifica como um “golpe de Estado” em 2014.


Desde então, a Rússia anexou a Crimeia, em 2014, e incorporou outras quatro regiões ucranianas em 2022, todas não reconhecidas oficialmente por Kiev ou pela maioria da comunidade internacional. Para Moscou, esse reconhecimento é um pré-requisito para qualquer tratativa de paz duradoura.


Sergey Naryshkin ainda acusou a atual liderança ucraniana de prolongar deliberadamente a guerra como forma de se manter no poder. Segundo ele, o presidente Volodymyr Zelensky estaria se utilizando do estado de lei marcial para evitar novas eleições, mesmo com o término de seu mandato, há quase um ano. “Somente sob essas condições é que o atual governo de Kiev consegue se manter no poder e evitar a responsabilidade perante seu povo por suas decisões criminosas”, declarou.


O chefe da inteligência russa também criticou os principais países europeus membros da OTAN – França, Reino Unido e Alemanha –, acusando-os de alimentar a escalada do conflito com seu apoio contínuo a Kiev. No entanto, ele demonstrou uma visão diferenciada sobre os Estados Unidos, sugerindo que Washington, sob a liderança de Donald Trump, tem adotado uma abordagem mais pragmática e realista sobre as causas do conflito.


Naryshkin destacou a disposição dos EUA em compreender as raízes da guerra e classificou os canais de diálogo entre Moscou e Washington como “positivos”. Ele também indicou que membros do governo Trump têm mantido conversas diretas com o Kremlin, buscando uma resolução para o impasse. O próprio presidente norte-americano já afirmou que considera a entrada da Ucrânia na OTAN impraticável e sugeriu que Kiev dificilmente recuperará todos os seus antigos territórios.

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