Austin Private Wealth negou suposta tentativa de lucrar com a venda de ações 24 horas antes dos disparos contra Trump
Horas antes da tentativa de assasinato de Donald Trump ocorrida no último dia 13, durante comício no estado da Pensilvânia, a Austin Private Wealth LLC - uma companhia especializada em planos de previdência privada - apresentou um pedido à Comissão de Valores Mobiliários para colocar à venda um pacote de ações Trump Media & Technology Group.
Chamada de “venda a descoberto”, a prática foi considerada suspeita por especialistas do mercado financeiro. A empresa, entretanto, alega ter cometido um “erro administrativo” e negou ter obtido qualquer informação antecipada que a comprometesse criminalmente.
As suspeitas sobre a operação se elevaram após ser revelado que a APW tinha conexões com a BlackRock, apoiada pela Open Society, do metacapitalista George Soros - um dos mais ferrenhos opositores de Donald Trump. Além disso, o autor dos disparos contra o ex-presidente havia participado de uma propaganda da própria empresa de investimentos.
“O documento que mostrou que a Austin Private Wealth vendeu a descoberto um grande número de ações da Trump Media & Technology Group Corp (DJT) estava incorreto e nós o alteramos imediatamente assim que soubemos do erro. A APW detém 12 contratos, ou 1.200 ações, e não doze milhões como foi registrado erroneamente”, escreveu a Austin em comunicado.
O que é venda a descoberto?
Também conhecida como short, a operação de venda a descoberto acontece quando uma empresa ou investidor tenta lucrar com a queda no valor dos ativos, sem que haja um motivo real para a queda das ações. Desta forma, os críticos à operação da Austin Private Wealth afirmaram que a empresa especulou ao tentar coincidentemente se livrar dos papéis ligados a Donald Trump no dia anterior ao atentado.
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