Presidente do BC garante que não falou sobre ritmo de corte da Selic e que torce por responsabilidade fiscal
Roberto Campos Neto - Banco Central do Brasil
Durante a pandemia, Roberto Campos Neto se destacou pelo controle da inflação, em meio às destrutivas medidas tomadas por autoridades monetárias no resto do mundo. O resultado - apesar da alta de juros - foi extremamente positivo.
Entre 2021 e 2022, o Brasil aparecia como um dos poucos países a frear a escalada dos preços, superando até mesmo os Estados Unidos que, até hoje, não restabeleceram a meta inflacionária.
Em meio a inúmeras crises externas e internas - incluindo o combate Israel x Hamas - o presidente do Banco Central brasileiro permanece firme com sua política de pés no chão. Além de monitorar a conjuntura econômica, Campos Neto tem se destacado em outra função: a de editor de fake news.
Informações falsas
Nesta semana, veio à tona a especulação de que o Banco Central alteraria o ritmo dos cortes de juros. Mais especificamente, a tendência seria maior para a Selic seria de que o Copom (Comitê de Política Monetária) apostaria mais em diminuições de 0,25% do que 0,75%,
A informação foi marcada como falsa por Campos Neto. Ele explicou que uma de suas falas durante participação no evento do Fundo Monetário Internacional, em Marrocos, foi “mal interpretada”.
“Caso isso fosse pertinente, jamais falaria isso à imprensa em um evento fechado”, ratificou.
O presidente do BC completou seu esclarecimento, destacando que os índices inflacionários brasileiros têm surpreendido de forma positiva. Em contrapartida, reforçou que o corte da taxa básica de juros deve progredir, mas isso dependerá de alguns fatores.
“Irá depender de o governo cumprir as metas fiscais”, alertou. “Os Estados Unidos também estão sendo observados”, ratificou Campos Neto, se referindo a alta de juros da economia norte-americana, ainda longe de ser descartada pelo FED.
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