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Calote bilionário não impede Lula de fechar novas parcerias com Cuba

Governo brasileiro ignora fome e repressão política na ilha, e investe em áreas de saúde, tecnologia e agricultura


Crédito da imagem: Agência Brasil.


Apesar de ter recebido um “não” sobre débitos a receber em torno de R$ 3 bilhões, o governo brasileiro insiste em fechar mais acordos de cooperação com o governo cubano.


Em sua passagem no último final de semana pela devastada ilha caribenha (reflexo de décadas de opressão capitaneada por Fidel Castro), Lula e sua comitiva de ministros comemoraram a assinatura de novos acordos com o presidente Miguel Diaz-Canel.


Nenhuma das parcerias, entretanto, aparenta gerar frutos imediatos. Na saúde, por exemplo, foram estabelecidos protocolos para colaboração futura no setor de vacinas.


A titular da pasta, Nísia Trindade, afirmou que o Brasil entraria com a parte técnica, dos “grandes laboratórios públicos privados”, enquanto Cuba repassaria seu “conhecimento de ponta”.


Outra parceria reforçada por Lula é a reativação do Comitê Gestor Brasil-Cuba de Ciência, Tecnologia e Inovação, que já tem até data para se reunir, daqui a 60 dias. O acordo é extremamente abrangente, porém inespecífico.


Segundo a ministra Luciana Santos, o plano central é a troca de experiências em inúmeras áreas como sustentabilidade, energias renováveis, biotecnologia, bioeconomia, soberania e segurança alimentar.


O mais curioso entre os acordos vem da pasta do “ministério do MST”. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, assinou um convênio com o governo cubano que prevê troca de informações nas áreas de “governança da terra”, “soberania” e “segurança alimentar” - três itens que não condizem com a conjuntura cubana.


Economia fechada e repressão


Vale ainda destacar que não existe abertura comercial em Cuba, tampouco democracia. Nos últimos protestos da população contra a fome e condições péssimas de vida, mais de 1.500 foram presos pelo regime, sendo que 700 permanecem atrás das grades após mais de dois anos. Após as rebeliões populares, o governo de Miguel Diaz-Canel baixou uma série de medidas para o controle das mídias sociais.

Durante a visita à Havana, Lula se espelhou no case cubano, e aproveitou sua presença no país comunista para defender a regulamentação das redes no Brasil. Ainda não há data na Câmara para o resgate da matéria que tem sido apelidada de "PL da Censura".


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