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Busca por crédito no ano passado foi a menor desde a crise de 2008

Segundo levantamento do Serasa Experian, queda no crédito foi motivada pela Selic alta e taxas pouco atrativas



Dados divulgados pelo Serasa Experian apontaram que a busca por crédito sofreu queda de 9% em 2023 em relação a 2022. De acordo com a entidade, o desempenho foi o pior desde 2008, início da crise financeira provocada pela bolha imobiliária norte-americana e que veio a se tornar global em 2009. Há cerca de 16 anos, a queda nas operações de empréstimos foi de 6,8%.


Segundo o Serasa Experian,  as classes com menor poder aquisitivo foram as que menos optaram por crédito no ano passado. Os brasileiros com renda entre R$ 500-R$ 2000 tiveram queda entre 1,4% e 9,9%. Já os com renda entre R$ 2000-R$ 5000 sofreram queda de 7,7%.

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Já no aspecto geográfico, a crise de crédito atingiu em cheio o Distrito Federal, com baixa de 18%, seguido por Amapá (17,5%) e Rio de Janeiro (17%).


Selic alta influenciou diretamente na busca por crédito, afirma Serasa


Na visão do economista do Serasa Experian, Luiz Rabi, diversos fatores influenciaram a menor procura por empréstimos em 2023, com destaque para a Selic alta.


"Os culpados por afastarem os brasileiros do mercado de crédito em 2023 foram as taxas pouco atrativas, impactadas pela alta da Selic, além da inadimplência elevada", destacou Rabi.


No indício do governo Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a reclamar da alta taxa de juros básica mantida pelo Banco Central para controlar a inflação desde o auge da pandemia de covid-19.


"O crédito caro impede os negócios. Você simplesmente fica em uma situação travada porque o lucro é menor do que os juros e aí você não consegue viabilizar a atividade econômica", afirmou o ministro.


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